Escrito por:
Juliana Turmina- Geógrafa
Luan A. Ramos – Técnico em Hidrologia
Por: goldengeo - 27 de Abril de 2020
A origem da palavra batimetria vem do grego onde “bathus” significa profundo, ou fundo e “metron”, medida. Para se conhecer a ‘medida do fundo’, são aplicadas técnicas da topografia. Portanto, o mapeamento do relevo (geometria) ou o volume das massas aquáticas é realizado pela topobatimetria.
Com os dados de profundidade, é possível verificar por exemplo o assoreamento (sedimentos depositados no fundo). Qual a capacidade volumétrica, e a topografia (forma do relevo) do fundo do leito.
A medição das profundidades dos corpos hídricos é representada graficamente, ou cartograficamente através de perfis transversais do terreno ou por curvas de nível batimétricas (curvas de nível submersas semelhantes as curvas de nível convencionais).
Essencialmente a topobatimetria é executada sempre que existe a presença de um curso ou corpo d’água em:
De acordo com as exigências do levantamento ou as características físicas do corpo hídrico (profundidade, dimensões, grau de dificuldade, etc.), através de duas formas:
Após a captação dos dados por meio dos cálculos e técnicas realizados com a ajuda de softwares específicos, é possível a análise dos dados e geração dos produtos cartográficos finais.
Se você atua nessa área ou deseja contratar esse tipo de serviço, nós listamos 05 observações que devem ser consideradas e que influenciam diretamente na boa execução do trabalho, garantindo a qualidade e o atendimento as normativas técnicas:
1. Ao cadastrar locais inundados através da metodologia a vau, os técnicos da equipe de topografia deverão estar com roupas impermeáveis, respaldando-se de possíveis contaminações através do contato com a água, além da proteção contra animais existentes;
2. Em locais com águas profundas, sempre deve-se utilizar algum tipo de embarcação;
3. Quando o levantamento for feito com uso do ecobatímetro, os levantamentos devem ser sempre realizados em boas condições climáticas e de navegabilidade, como dias sem ondulação ou vento. O equipamento é fixo no casco da embarcação, e a precisão do mapeamento é impactada pelos movimentos da embarcação; devendo, em muitos casos ser corrigidos com auxílio de sensores inerciais (acelerômetros e giroscópios que permitem conhecer os valores de inclinação da embarcação no momento da medição);
4. Aferir periodicamente o ecobatímetro no início e no fim de cada levantamento ou trecho sondado;
5. Nos produtos cartográficos finais, sempre indicar o sentido dos fluxos d’água quando necessários;